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Sobrevoo registra aumento na concentração de baleias-francas no litoral de Santa Catarina

Postada em 16/10/2017 às 17:24:03
Sobrevoo registra aumento na concentração de baleias-francas no litoral de Santa Catarina
A maior parte das baleias avistadas dentro e no entorno da APA da Baleia Franca em 19 de setembro deste ano são fêmeas com filhotes. (imagens: Claudio Guerra/ Chilicom/Grupo ACQUAPLAN)

O segundo sobrevoo da temporada da baleia-franca no litoral Sul de Santa Catarina registrou um aumento na concentração de cetáceos na região. O período de pico de ocorrência da espécie é setembro, quando o estudo foi feito, mas os números só foram divulgados essa semana. Ao todo, 49 baleias, sendo 24 pares de fêmea e filhote, além de uma adulta solitária, foram avistadas entre as cidades de Florianópolis e Torres-RS. No primeiro sobrevoo, em agosto, 29 indivíduos da espécie foram encontrados.


A análise prévia do número de baleias-francas que frequentam a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca dá sinais de que a população deve ser maior do que no ano passado. Algumas das baleias avistadas pelo Grupo ACQUAPLAN, que realizou o monitoramento, foram identificadas por terem passado por aqui em anos anteriores. Uma das fêmeas, monitorada em 2007, está de volta a Santa Catarina acompanhada do filhote.


- O fato de termos observado um número maior de baleias na região da APA da Baleia Franca mostra que é possível estar ocorrendo uma normalização do número médio de baleias que frequentam a costa catarinense, mas somente as próximas observações e análises dos dados poderão confirmar se isso está mesmo ocorrendo, atualizando-nos sobre a relação entre número de filhotes nascidos aqui e a quantidade de alimentos na Antártica - explica o oceanógrafo Emilio Dolichney, responsável pelo sobrevoo.


As baleias francas "catarinenses"


A maior parte das baleias avistadas dentro e no entorno da APA da Baleia Franca em 19 de setembro deste ano são fêmeas com filhotes. Elas se aproximam da costa à procura de águas quentes e enseadas protegidas para procriação e amamentação. A espécie é capaz de gerar um novo filhote a cada três anos, sendo que o tempo de gestação é de 12 meses. Machos e juvenis também costumam ser vistos na região, geralmente sozinhos.


A rota migratória das baleias francas ainda é incerta, mas sabe-se que elas partem da Antártica, onde se alimentam de krill no verão e acumulam reserva energética em forma de gordura para a jornada rumo ao continente sul-americano.


Vítimas da caça indiscriminada e das mudanças climáticas nos últimos 400 anos, as baleias francas diminuíram drasticamente sua presença na costa brasileira em meados da década de 1970. No entanto, a pesca de baleias só foi definitivamente encerrada no Brasil na segunda metade da década de 1980, por decreto federal, após exaustiva campanha mundial pela proibição da caça. As baleias francas retornaram às enseadas do sul do Brasil apenas no decorrer dos anos 1990.


Em 2000, criou-se por decreto federal a APA da Baleia Franca, com o objetivo de proteger a principal área de ocorrência da espécie no Brasil. Passados 17 anos da criação da APA, hoje a estimativa de crescimento populacional das francas é de 12% ao ano.


Fonte: Comunicação Social SCPar Porto de Imbituba e Grupo ACQUAPLAN
Crédito imagens: Claudio Guerra/ Chilicom/Grupo ACQUAPLAN

Fonte: Prefeitura Municipal de Laguna

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